quarta-feira, abril 02, 2014
Otimismo...
Olha, no teu jardim, as flores entreabertas, e nunca as pétalas caídas. Contempla, em tua noite, fulgor das estrelas, e nunca o chão escuro. Observa, em teu caminho, a distância vencida, e nunca a que ainda falta. Guarda, do teu olhar, os brilhos de alegria, e nunca as névoas de tristeza. Retém, de tua voz, risadas e canção, e nunca os teus gemidos. Grave, em tuas pupilas, o nascer das auroras, e nunca os sulcos do teu pranto. Conserva em teus pés os passos retos, puros, e esquece os transviados. Guarda de tuas mãos as flores que ofertaram e esquece os espinhos que talvez ficaram. De teus lábios conserva as mensagens bondosas, e esquece as maldições. Relembra o heroísmo das tuas escaladas, e esquece o prazer fácil das descidas. Conta e mostra as medalhas das tuas vitórias e esquece as cicatrizes das derrotas. Olha de frente o sol que existe em tua ida, e esquece a sombra que te fica atrás. A flor que desabrocha é bem mais importante que mil pétalas caídas. E um só olhar de amor pode levar consigo calor para aquecer muitos invernos. A bondade é mais forte em nós e dura mais do que o mal que nós mesmos praticamos. Sê otimista, pois, amigo, e não te esqueça de que é no fundo das noites sem luar, que brilham muito mais nossas estrelas...
A ilha dos sentimentos!
Era uma vez uma ilha, onde moravam todos os sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Sabedoria e todos os outros sentimentos. Por fim o amor. Mas, um dia, foi avisado aos moradores que aquela ilha iria afundar. Todos os sentimentos apressaram-se para sair da ilha.
Pegaram seus barcos e partiram. Mas o amor ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha, antes que ela afundasse. Quando, por fim, estava quase se afogando, o Amor começou a pedir ajuda. Nesse momento estava passando a Riqueza, em um lindo barco. O Amor disse:
- Riqueza, leve-me com você.
- Não posso. Há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para você.
Ele pediu ajuda a Vaidade, que também vinha passando.
- Vaidade, por favor, me ajude.
- Não posso te ajudar, Amor, você esta todo molhado e poderia estragar meu barco novo.
Então, o amor pediu ajuda a Tristeza.
- Tristeza, leve-me com você.
- Ah! Amor, estou tão triste, que prefiro ir sozinha.
Também passou a Alegria, mas ela estava tão alegre que nem ouviu o amor chamá-la.
Já desesperado, o Amor começou a chorar. Foi quando ouviu uma voz chamar:
- Vem Amor, eu levo você!
Era um velhinho. O Amor ficou tão feliz que esqueceu-se de perguntar o nome do velhinho. Chegando do outro lado da praia, ele perguntou a Sabedoria.
- Sabedoria, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui?
A Sabedoria respondeu:
- Era o TEMPO.
- O Tempo? Mas porque só o Tempo me trouxe?
- Porque só o Tempo é capaz de entender o 'AMOR'.'
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