sábado, fevereiro 23, 2013

Partida e Chegada

Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara. O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor. Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram. Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: Já se foi. Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz: Já se foi, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: Lá vem o veleiro. Assim é a morte. Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: Já se foi. Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado. Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado. E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: Já se foi, no mais Além, outro alguém dirá feliz: Já está chegando. Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena. A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos. Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário. A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada. Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da Imortalidade que somos todos nós. * * * Victor Hugo, poeta e romancista francês, que viveu no Século XIX, falou da vida e da morte dizendo: A cada vez que morremos ganhamos mais vida. As almas passam de uma esfera para a outra sem perda da personalidade, tornando-se cada vez mais brilhante. Eu sou uma alma. Sei bem que vou entregar à sepultura aquilo que não sou. Quando eu descer à sepultura, poderei dizer, como tantos: Meu dia de trabalho acabou. Mas não posso dizer: minha vida acabou. Meu dia de trabalho se iniciará de novo na manhã seguinte. O túmulo não é um beco sem saída, é uma passagem. Fecha-se ao crepúsculo e a aurora vem abri-lo novamente. Redação do Momento Espírita

O valor do Agora...

Nós nos convencemos, que a vida ficará melhor, quando nós formos casados, tivermos um filho e, depois, mais um. Então nos frustramos, porque nossos filhos não têm idade suficiente e achamos que as coisas mudarão quando eles ficarem mais velhos. Então nos frustramos, porque eles viraram adolescentes e querem discutir conosco a respeito de tudo. Mas achamos que tudo ficará melhor, quando eles forem uns 10 anos mais velhos. Nós nos dizemos, que a vida melhorará, quando nós trabalharmos juntos com nossos parceiros, quando tivermos um carro bonito, quando tirarmos férias, quando descansarmos. A verdade é que não há nenhum momento melhor para ser feliz do que agora. Se não for agora, então quando? A sua vida muda o tempo inteiro. É melhor ter paciência com tudo e se decidir a ser feliz. Durante muito tempo nós pensávamos que a vida começaria a seguir. A vida de verdade. Pensávamos sempre, é preciso primeiro que uma outra coisa aconteça durante esse tempo: realizar alguma coisa, terminar um trabalho, esperar um momento, atingir um objetivo. E depois começaria a vida de verdade tão desejada. No final eu entendi que o « depois » já era a vida de verdade. Desse ponto de vista eu entendi que não existe um caminho para ser feliz. Ser feliz É o caminho. Curta então o « ser feliz ». Pare de esperar até terminar a escola, até voltar para a escola, perder 5 quilos, ganhar peso, começar a trabalhar, casar-se, até a sexta à noite ou sábado de manhã, esperar um carro novo, ter pago a hipoteca, até a primavera, o verão, o outono ou o inverno, até que a sua música toque no rádio, até morrer e nascer novamente... Decida a ser feliz antes. A felicidade é uma viagem e não um destino. N ão há melhor momento para ser feliz do que... AGORA! Viva e curta o momento. Tente responder essas perguntas: 1 – Diga o nome das cinco pessoas mais ricas do mundo. 2 – Diga o nome das últimas 5 Miss-Universo. 3 – Diga o nome dos últimos 10 ganhadores do Prêmio Nobel. 4 – Diga o nome dos últimos 10 ganhadores do Oscar de melhor ator. Você não conseguiu? É bem difícil, né? Não fique triste, ninguém consegue. Os aplausos passam! As taças se enchem de poeira. Os ganhadores são logo esquecidos. Agora responda as perguntas a seguir: 1 – Diga o nome de 3 professores que lhe deram aulas . 2 – Diga o nome de 3 amigos que te ajudaram quando você precisou. 3 – Diga o nome de uma ou duas pessoas que te deixam com a sensação de ser “especial”. 4 – Diga o nome de 5 pessoas com quem você gosta de passar o tempo. Mais fácil de responder? Foi mais simples, né? As pessoas que significam algo para você não são “as melhores”, não são as mais ricas, não ganharam os maiores prêmios… São os amigos que se preocupam com você, com os quais você se preocupa, são aqueles que continuam ao seu lado depois que tudo passa. Reflita sobre isso por um momento. A vida é tão curta! E você, em qual lista você está? Você não sabe? Deixe-me te dar uma dica. Provavelmente você não está entre aqueles que “recebem a maior atenção” do mundo, você é um daqueles de quem eu me lembro e a quem eu mando essa mensagem… Há algum tempo, nos jogos olímpicos de Seattle, 9 atletas, todos preparados física e mentalmente, estavam a postos na linha de partida para correr os 100 metros. Foi dado o disparo e a corrida começou. Todos queriam ser o primeiro e ganhar. Um dos atletas caiu no chão, teve um machucado leve e começou a chorar, porque a corrida tinha acabado para ele. Os outros 8 ouviram-no chorar. Eles diminuiram a velocidade e olharam para trás. Eles pararam e voltaram… Todos os 8 atletas… Então os 9 atletas correram ombro a ombro juntos até a linha de chegada. Todo o público do estádio levantou-se e aplaudiu. E parecia que os aplausos não iam mais acabar… As pessoas que viram ou participaram disso lembram-se até hoje. Por quê? Porque bem dentro de nós, todos sabemos que o mais importante da vida não é ganhar para si mesmo. O mais importante da vida é ajudar os outros a ganhar. Mesmo que isso signifique ir mais devagar e interromper a corrida. Se você repassar esse e-mail, talvez tenhamos sucesso em mudar os nossos corações, talvez também o coração de outra pessoa…

Você aproveita a vida?

É muito comum ouvir as pessoas e, principalmente os jovens, dizendo que querem aproveitar a vida. E isso geralmente é usado como desculpa para eximir-se de assumir responsabilidades. Mas, afinal de contas, o que é aproveitar a vida? Para uns é matar-se aos poucos com as comilanças, bebidas alcoólicas, fumo e outras drogas. Para outros é arriscar a vida em esportes perigosos, noitadas de orgias, consumir-se nos prazeres carnais. Talvez isso se dê porque muitos de nós não sabemos porque estamos na Terra. E, por essa razão, desperdiçamos a vida em vez de aproveitá-la. Certo dia, um jovem que trabalhava em uma repartição pública, na companhia de outros colegas que costumavam se reunir todos os finais de expediente para beber e fumar à vontade, foi convidado a acompanhá-los. Ele agradeceu e disse que não bebia e que também não lhe agradava a fumaça do cigarro. Os demais riram dele e lhe perguntaram, com ironia, se a religião não lhe permitia, ao que ele respondeu: A minha inteligência é que me impede de fazer isso. E que inteligência é essa que não lhe permite aproveitar a vida? Perguntaram os colegas. O rapaz respondeu com serenidade: E vocês acham que eu gastaria o dinheiro que ganho para me envenenar? Vocês se consideram muito espertos, mas estão pagando para estragar a própria saúde e encurtar a vida que, para mim, é preciosa demais. * * * Observando as coisas sob esse ponto de vista, poderemos considerar que aproveitar a vida é dar-lhe o devido valor. É investir os minutos preciosos que Deus nos concede em atividades úteis e nobres. Quando dedicamos as nossas horas na convivência salutar com os familiares, estamos bem aproveitando a vida. Quando fazemos exercícios, nos distraímos no lazer, na descontração saudável, estamos dando valor à vida. Quando estudamos, trabalhamos, passeamos, sem nos intoxicar com drogas e excessos de toda ordem, estamos aproveitando de forma inteligente as nossas existências. Quando realmente gostamos de alguma coisa, fazemos esforços para preservá-la. Assim também é com relação à vida. E não nos iludamos de que a estaremos aproveitando acabando com ela. Se você é partidário dessa ideia, vale a pena repensar com seriedade em que consiste o aproveitamento da vida. E se você acha que os vícios lhe pouparão a existência, visite alguém que está se despedindo dela graças a um câncer de pulmão, provocado pelo cigarro. Converse com quem entrega as forças físicas a uma cirrose hepática causada pelos alcoólicos. Ouça um guloso inveterado que se encontra no cárcere da dor por causa dos exageros na alimentação. Visite um infeliz que perdeu a liberdade e a saúde para as drogas que o consomem lentamente. Observando a vida através desse prisma, talvez você mude o seu conceito sobre aproveitar a vida. * * * A vida é um poema de beleza, cujos versos são constituídos de propostas de luz, escritas na partitura da natureza, que lhe exalta a presença em toda parte. Em consequência, a oportunidade da existência física constitui um quadro à parte de encantamento e conquistas, mediante cuja aprendizagem o Espírito se embeleza e alcança os altos planos da realidade feliz. Redação do Momento Espírita