Santana do Ipanema, meu Sertão

ALGAROBA - a espécie pruduz madeira de qualidade para estacas, carvão e uso em fornos industriais, bem como vargens para a produção de forragem e farinha para a alimentação.... Tentam sobreviver... —
As cactáceas desenvolveram adaptações para enfrentar a seca, folhas em forma de espinhos reduzem ao máximo a transpiração e, assim, a planta pode armazenar água no caule.... Mas o que dizer? Não estão suportando a falta d'água...
Mesmo diante de tanta aridez do solo, as algarobas resistem qd termina o dia na esperança de que chuva chegue no sertão..
Santana do Ipanema é a principal cidade do sertão de Alagoas. Tem uma população de aproximadamente 44.932 hab.itantes (2007) e um território de aproximadamente 438 km². Sua altitude média é de 250 m acima do nível do mar, e tem temperaturas que variam de 20°C a 39°C. /> Foi primitivamente chamado Santana da Ribeira do Ipanema, por estar situado à margem do rio Panema ou Ipanema. Ipanema é palavra indígena: ypanema - água ruim, imprestável. Passou a se chamar, depois, Santana do Ipanema. A atual cidade de Santana do Ipanema, nos últimos anos do século XVIII, era um insignificante arraial habitado por índios e mestiços. Por essa época chegou à região o padre Francisco José Correia de Albuquerque, missionário natural de Serinhaém, em Pernambuco. Muito moço, não contava com mais de 22 anos, e em pouco tempo conseguiu, com o exemplo de suas virtudes e auxílio de sua palavra eloqüente, não só implantar naquela gente rude os preceitos da religião cristã e princípios de civilização, mas também, construir uma igreja com um recolhimento para beatas, que ali habitavam. Com a chegada, vindos de Penedo, dos irmãos Martins e Pedro Vieira Rego, descendentes de portugueses e tendo conhecimento de que na Ribeira do Panema, primeiro nome da localidade, existiam extensões de terras devolutas e estando interessados na agricultura e na pecuária, resolveu Martins ir ao Rio de Janeiro pleitear uma sesmaria. Conseguindo seu intento, foi-lhe doada uma extensão de doze léguas, aproximadamente, de nascente a poente, ou seja, da serra do Caracol à ribeira do Riacho Grande e outras tantas léguas de norte a sul, da ribeira dos Dois Riachos à ribeira dos Cabaços. Os irmãos e suas famílias fixaram-se à margem esquerda da ribeira do Panema, num local cercado de colinas, próximo às serras da Camonga do Poço, Caiçara e Gugy. Como eram trabalhadores, prosperaram. Novas fazendas foram sendo organizadas e entregues aos filhos e filhas de Martins. A freguesia foi criada em 24 de fevereiro de 1836, pela Lei nº 9, sob a invocação de Sant Ana. Através da Resolução de nº 681, de 24 de abril de 1875, tornou-se vila e pelo artigo 6º da mesma Lei foi desmembrado do território de Traipú. A Lei nº 893, de 31 de maio de 1921, elevou-a a categoria de cidade. LocalizaçãoSantana do Ipanema está localizado a 207km da capital do estado.
Santana do Ipanema - Al - - Essa foi tirado meu celular... linda!
SANTANA ANTIGA



SANTANA HOJE






Santana do Ipanema:

Torrão querido, pedacinho do meu Brasil;
És a Rainha do Sertão alagoano,
Desta pátria mãe gentil. (BIS)

Tua história enaltece nossa gente
Com bravura e amor-febril.
Padre Francisco Correia e Martinho Vieira Rego:
Pioneiros nesta terra varonil.

Tua bandeira simboliza nossas cores,
As tuas praças, esse rio, nossos amores;
O teu progresso eternamente a florescer.
Sou sertanejo, santanense até morrer! (BIS)

Minha terra tem palmeiras,
Nossos campos têm mais flores
Onde canta o sabiá.

Nosso céu tem mais estrelas
Onde nuvens passageiras
Dão espaço ao luar.

O teu passado de glória
Está vivo em nossa memória,
Teus filhos hão de aprender.

É mais forte o meu desejo de dizer
Sou sertanejo, santanense até morrer! (BIS)






MEU RIO IPANEMA

Soneto de Remi Bastos
Aracaju/SE, 26/11/2008

Rio que dorme às custódias do tempo,
Entre pedras e areia em seu leito sedento,
Que acorda e sussurra nas manhãs traiçoeiras
Arremessando as ondas nas suas ribeiras.

Rio que vem de tão longe, mas vem,
Deslizando na areia não avisa a ninguém,
Na pressa que corre querendo chegar
No São Francisco vai desembocar.

Rio, meu rio, és mais que um rio,
Um cartão-postal, tu és um poema
Que os deuses escreveram nas tuas areias.

Este rio que a mente em sonho vagueia,
Que amo e que canto em noites serenas,
Este rio que é meu rio é o rio Ipanema.








MINHA TERRA

Vejoo luar de Santana,
Que lugar para admirar,
És tuquerida e formosa
Cidade onde fiz meu lar...
Sua água linda alimenta,
Sua luz a faz brilhar
E o telefone comenta
Já não ter o que falar
Diz todo dia Santana
Dos amores para lá...
Quando as aulas lá começam,
Todo mundo vai cuidar
E a vida fica triste
Alegre só ao parar
O estudo pra descansar...
Então chegam os visitantes,
Santanenses mais que nós,
São os estudantes coitados,
Que lá fora esperam tanto
Para ver Santana vibrar...
É crescimento do povo,
Doutor depois de estudante
E a gente fica esperando
Que a cidade toda vibre,
Com os nomes mais avançados,
Que fazem de ti,Santana,
Santana de quem faz crer...
E fica toda empolgada,
Por saber que preocupa
Seus filhos quase ocupados...
Quanto à sua direção,
Santana,fique tranquila,
Que estará em boa mãos...
Desdeaquele "Um ex prefeito"...
Que a cidade toda calçava,
Disse-me uma vez baixinho:
-Santana,mais um pouquinho de pedra pra
se pisar...
Tudo que faltava é bonança,
Das chuvas pra nos salvar...
Que a natureza toda ajude
Santana a se levantar...
E pra citar dos amores,
Só bastaria o Remy,
Canta ai pra nosso povo,
Das rosas nossas que amamos
E todos nós a um só:
SANTANA DOS MEUS AMORES...

- Do Livro: O VARREDOR DE CINZAS (ANTONIO AZEVEDO FILHO)